Educação inclusiva nas nossas escolas

Perante a complexidade e a diversidade do mundo contemporâneo, sucedem-se os desafios educacionais face à necessidade de formar cidadãos preparados para integrar a sociedade do futuro. Um desses desafios é a concretização de uma escola inclusiva, onde sejam criadas respostas que possibilitem a todos os alunos um nível de educação e formação que permita a sua integração na sociedade. 

De acordo com a UNESCO (2005), a inclusão é vista como um processo de atender e de dar resposta à diversidade de necessidades de todos os alunos através de uma participação cada vez maior na aprendizagem, culturas e comunidades, e reduzir a exclusão da educação e dentro da educação. 

Daqui decorre a necessidade de a comunidade educativa proporcionar oportunidades equitativas a todos os alunos, independentemente das suas características pessoais, psicológicas ou sociais, em benefício de uma educação com qualidade. 

No Decreto-Lei n.º 3/2008 “Um aspecto determinante dessa qualidade é a promoção de uma escola democrática e inclusiva, orientada para o sucesso educativo de todas as crianças e jovens.”. Em Portugal, os princípios da inclusão têm sido considerados nas reformas a nível da Educação Especial, que incluem a discussão pública envolvendo especialistas e profissionais da educação, várias instituições, pais e outros intervenientes no processo educativo. 

Sendo os pais parceiros privilegiados das escolas na educação de crianças e jovens, o desafio da escola inclusiva é uma responsabilidade partilhada pelos vários intervenientes no processo educativo. Conforme fica expresso na redação do artigo 3.º do Decreto-lei nº 3/2008: Os pais ou encarregados de educação têm o direito e o dever de participar activamente, exercendo o poder paternal nos termos da lei, em tudo o que se relacione com a educação especial a prestar ao seu filho, acedendo, para tal, a toda a informação constante do processo educativo. A concretização da escola inclusiva implica alterações a nível do processo ensino-aprendizagem, mas requer também a capacitação de dotar adequadamente as escolas tanto de recursos materiais como humanos que permitam responder às necessidades dos alunos e criar uma educação eficaz para todos. Sabendo que o acesso à informação é facilitador da mudança, importa criar momentos de partilha e reflexão sobre a temática, divulgando boas práticas, apurando necessidades e criando condições para trilhar novos caminhos que conduzam às mudanças pretendidas. 

Foi neste contexto que a COSAP – Federação Concelhia de Setúbal das Associações de Pais e Encarregados de Educação promoveu o Encontro “Educação Inclusiva nas Nossas Escolas”, no dia 21 de abril de 2018, no auditório da Escola D. João II, em Setúbal. O evento, aberto à comunidade educativa em geral, contou com o auditório cheio, propiciando um momento de esclarecimento e reflexão enriquecido pelas perspetivas de diversos intervenientes em torno da questão da inclusão. 

Galeria de imagens

📷 Fotografias de Carlos Santana | COSAP

COM O APOIO DE

Escola Secundária D. João II, Centro de Formação Ordem de Santiago, FERSAP – Federação Regional de Setúbal das Associações de Pais, APPDA – Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo, APPACDM de Setúbal, Câmara Municipal de Setúbal